Helicônia Brasiliensis

Origem e curiosidades: as helicônias são latino americanas em sua maioria, e muitas até nativas do Brasil tropical. São cerca de 350 espécies, e destas apenas cerca de 30 são naturais de outras regiões do planeta. São plantas que tem parentesco próximo com o gengibre e com a bananeira, mas não são nem uma nem outra coisa. As folhas de algumas espécies inclusive confundem jardinistas iniciantes, fazendo-os crer tratar-se de uma bananeira, e outras espécies, um gengibre. A grande variedade cria a primeira forma de classificação destas plantas, que são divididas em eretas, pendentes ou laterais, conforme o crescimento do cacho de flores. A segunda classificação, também pelas flores, é se o cacho de flor é plano ou em espiral. Essa diversidade também se dá no tamanho das plantas, que variam de meros 40 cm até três metros de altura. A espécie mais conhecida, a H. rostrata chega a quase dois metros, mas existe a sua variedade anã, que não passa de sessenta centímetros e pode ser cultivada inclusive em vasos. Na verdade, algumas só são viáveis de cultivo em jardins, e outras aceitam plenamente o cultivo em vasos e pequenos canteiros. Como ela se multiplica por divisão de rizomas – como uma bananeira – ela demora um pouco para formar uma boa touceira, mas quando formada, mesmo no período que não tem flores empresta um aspecto elegante ao jardim.

Usos e aplicações: é utilizada como ornamental em todo o mundo, principalmente nas regiões tropicais, mas também é viável em regiões mais frias, como o sul do Brasil – apenas nesta região as plantas ficam com mau aspecto no inverno, mas voltam a mostrar sua exuberância no verão. O cultivo preferencial é em jardins, mas também é encontrada a venda em floriculturas de alguns países, cultivadas em vasos. Não tem apelo medicinal ou alimentício. A grande diversidade torna-a ideal para quem quer colecionar plantas diferentes.

Cultivo: pode ser cultivada por sementes ou mudas, sendo que estas na verdade são pequenas seções do rizoma da planta mãe. O cultivo por sementes não é muito empregado a nível de residências, sendo o mais utilizado o cultivo de rizomas. As helicônias preferem, de forma geral, solos bastante ricos em matéria orgânica e bem drenados. Por isso se recomenda preparar o solo com uma mistura de adubo orgânico e areia. A umidade também é muito importante: como plantas tropicais, não suportam longos períodos sem água. O sol é importante: se cultivadas na sombra tendem a não emitir flores e ainda ter folhas maiores e mais altas. O mínimo é de 6 horas de sol por dia. Cada haste irá produzir uma única flor, e logo após a floração a haste irá definhar e morrer, sendo substituída por outra mais jovem. A limpeza das touceiras então se faz necessária para mantê-la sempre bela.
 
Este texto é de autoria da própria Flora Monte Claro e não é permitida a reprodução inteira ou parcial, sem prévia autorização.